
Álbum da exposição Dia da Terra

Para começar com o “pé direito” o mês de maio, Rio no Mapa e botocarioca desembarcaram desta vez em Botafogo, no dia 9, para prestigiar o tão falado “Baile do Simonal”, na casa de shows que habita o coração de todos os cariocas amantes da boa música, o Canecão. Por este palco já pisaram boa parte dos grandes músicos brasileiros e muitos nomes internacionais. Chegando lá, deparamos com um público bem eclético, composto por pessoas das mais variadas idades, além de muitos casais apaixonados. Parecia até um baile de “dia dos namorados”. A vibração era ótima e a noite de sábado prometia ser muito boa.
uma nova “roupagem” para os grandes sucessos consagrados na sua voz. No comando da noite, seus filhos, os cantores Max de Castro e Wilson Simoninha, cariocas de nascimento, mas residentes em São Paulo desde a infância, não deixaram por menos e mostraram que “filhos de peixe, peixinhos são”. Mandaram no “gogó” várias pérolas da música brasileira, dançaram muito, contaram “causos”, brincaram com a platéia chamando todos para fazerem o coro, dançarem e baterem palmas, tornando aquela noite um momento muito especial na vida de cada um ali presente. O evento foi abrilhantado ainda mais, com a participação de convidados de peso, como a cantora Preta Gil e Ed Motta, que Max ao convidar ao palco, o chamou carinhosamente de “ mestre dos magos”, além do casal de dançarinos Chocolate e Sheila, que suingaram a “vera” em “Aqui é o país do futebol”.
Acompanhados de um banda impecável composta de 6 integrantes, os irmãos “não deixaram a peteca cair” e apresentaram todas as músicas com muita vibração. “Zazueira”, “País Tropical”, “Nem Vem que não Tem”, “Meu Limão, Meu Limoeiro” dentre outras, fizeram o público balançar, no entanto, foi em “Está chegando a hora” que a galera foi ao delírio, quando Max falou que foi o canto que a torcida do “Mengão” mandou para a do Corinthians, na eliminação dos paulistas da competição Taça
Libertadores da América 2010. Preta Gil levou “Que Maravilha” e “Na Tonga da Mironga do Kabuletê”, ficando sob a responsabilidade de Ed levar “Lobo Bobo”, além de ser autorizado por Max, cantor e “dublê” de apresentador, a levar a música “Fora da Lei” de sua autoria, justificando que todo baile que se preza não pode faltar um “hit”.
Para finalizar um recadinho do botocarioca: “Cada vez que ouço um som de qualidade ao vivo, ganho ponto para entrar no céu.”![]() |
| Baile do Simonal :: Canecão :: 08/05/10
RioscenaXXI, Riocena21 ou Rio Cena 21. Vc escolhe!
|
Já na primeira música, a belga sente o impacto de pisar no palco sagrado do circo, se deita no chão, e em seguida entra a brasileira e leva a música Bela Lugosi's Dead do Bauhaus. Helena só se levanta ao término da música e isto era só o começo, imagine o que viria pela frente. Estavam ali para divulgar o último trabalho intitulado NV 3, no entanto, o show foi uma mescla dos 3 álbuns. As duas vocalistas com muita vibração, dançavam freneticamente, inclusive agarradinhas em algumas músicas para delírio geral, além de ter jogado parte do seu vestuário para a platéia, alegando que o chão estava muito escorregadio para dançar. Foi um show de quase 2 horas, com direito a 2 bis, num total de 19 músicas, tantas que chegou uma hora que até perdi as contas. Do disco novo, destaque para Save the Queen do the Clash, que foi cantado por Karina. Nesta música, sentou-se no palco próximo a platéia e perguntou sobre seus cabelos, pois não tinha a mínima idéia de como estaria seu visual, após ter “tocado o terror” juntamente com sua parceira. As duas estavam literalmente “endiabradas” naquela noite e quem estava lá conferiu, quem não estava, reze para que estas voltem numa próxima apresentação do Nouvelle Vague no Brasil.
tupiniquins, trocou várias palavras carinhosas com a platéia e a belga na empolgação soltou o “verbo” em português, para o êxtase do público. Também não era para menos, pois a casa estava lotada, cheia de pessoas com ótimo astral, que era facilmente observado nos semblantes dos ali presentes, dispostos a celebrarem um belo momento nas suas existências terrenas. Nos instantes finais, a belga declarou que já tinha cantado em muitos lugares do mundo, mas platéia igual aquela ela nunca tinha visto e o guitarrista que até então tinha ficado na dele, se empolgou, subiu no mezanino onde estava a bateria e deu um mega pulo. A vibração das vocalistas tinha extrapolado para toda banda!
So Lonely do the Police do novo álbum, a brasileira Karina convidou a todos para baterem palmas no ritmo da música flamenca e levou Not knowing do Minimal Compact, também do NV 3, além de um final simplesmente apoteótico, onde a belga Helena sentou-se no palco juntamente com o guitarrista, pediu silêncio a platéia e cantou Manner of Speaking, terminando em grande estilo o “orgasmo” musical.![]() |
| Nouvelle Vague no Circo Voador 30/04/10 |
O evento foi realizado no Oi Futuro Ipanema, espaço cultural recém-inaugurado na cidade, onde rolam shows, exposições e outros eventos. Vale a pena ficar ligado na programação!
O interessante é que o “sambinha” não rolou em nenhuma faixa. Mas para quem ficou meses a fio rodando por Copacabana para sentir a atmosfera do lugar e materializar neste trabalho, observou que a malandragem local já tinha modernizado este ritmo na metade do século passado. Sem dúvida, “Copacabana” marca o amadurecimento da banda e a sua ascenção entre as tops do cenário alternativo nacional, além de ser uma peça importante que não pode faltar na coleção de quem gosta de swingar! Bem-vindo a Era Quântica! Aprecie sem moderação!